terça-feira, 10 de abril de 2012

História Concisa da literatura brasileira


 Ao chamar concisa esta História da literatura Brasileira, quiseram seus editores pôr em destaque dois aspectos que nela reputam essenciais; de um lado, a riqueza de informações que oferece acerca de autores, obras e fases históricas de nossa literatura;de outro lado, seu caráter de síntese crítica do que tal literatura ostenta de realmente fundamental e representativo. Terceiro aspecto, não menos importantes que esses dois, e, igualmente merecedor de destaque, é o sólido conhecimento demonstrado pelo autor das modernas formulações da crítica, da historiografia e da teoria literárias, que lhe possibilitou um enfoque que tem muito de novo e de estimulante.

Bosi, Alfredo. História Concisa da literatura brasileira 2ª Ed. São Paulo Cultrix, 1972.

•546 págs. (maravilhoso!)


terça-feira, 27 de março de 2012

"Palco e Plateia - Um estudo sobre proxêmica teatral"

O teatro não se faz sem o outro. O teatro é assim. Basta um espectador, para que ele passe a existir, não como experiência isolada ou solitária de um grupo de artista ou de um texto unicamente para ser lido, como um acontecimento coletivo, envolvendo que faz e quem assiste. O leitor ideal, é certamente, o ator, o diretor, o cenógrafo, o figurinista. Mas o autor é generoso e não escreve apenas para sua gente. Seu texto ensina leitores - expectadores, como ver e viver o espetáculo. Afinal, o teatro só faz sentido como experiência compartilhada entre o artista e o espectador, entre o palco e o mundo.

Roberto Gil Camargo: Professor titular de Teatro e Literatura na Universidade de Sorocaba-UNISO- e professor-convidado de Iluminação Cênica na Esmae, em Portugal. Autor de outros livros/artigos....
Um belo livro!



terça-feira, 13 de março de 2012

O ARCO DA CONVERSA- CLAÚDIA FARES

O arco da Conversa é um livro sobre a solidão. Traz na simplicidade do título duas palavras humanas, demasiado humanas. O arco, palavra das tensões, das lutas de vida e morte. A conversa, a palavra de todas as palavras humanas, pois todo dizer é sempre um estar acompanhado. Mesmo falando sozinho, sempre ainda se fala com o passado e o futuro da língua, com  a sua memória e a sua possibilidade.

É um livro que devolve a solidão para o seu étimo, isto é, para o seu lugar próprio. Solidão, solo, soledad, saudade.  A solidão humana, o solo do ser -humano é estar em tensão com o que passou e o que pode vir a ser, é a vida de um espaço - entre, é a sonoridade de um intervalo. Um solo em profunda atividade.
Marcia Sá Cavalcante Schuback


O arco da conversa, um ensaio sobre a solidão, constitui uma abordagem inédita na bibliografia brasileira onde a solidão é analisada no rico universo da música popular brasileira, especificamente na obra do compositor Caetano Veloso.
O ensaio tem sua origem numa tese, defendida na Sorbonne, que surpreendeu pela originalidade com a qual a autora fez uso de um vasto material teórico como instrumento de leitura e compreensão do cancioneiro de Caetano Veloso.
Editores

Belíssimo!


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A Linguagem Poética.

                                      
A poesia parece estar mais do lado da música e das artes plásticas e visuais do que da literatura. Ezra Pound acha que ela não pertence à literatura e Paulo Prado vai mais longe: declara que a literatura e a filosofia são as duas maiores inimigas da poesia.

De fato, a poesia é um corpo estranho nas artes da palavra. É a menos consumida de todas as artes, embora pareça ser a mais praticada (muitas vezes, às escondidas). Uma das maiores raridades do mundo é o poeta que consegue viver só de sua arte. Há dois mil anos, o poeta latino Ovídio dizia que as folhas de louro (com as quais se faziam coroas para poetas e heróis) só serviam mesmo para temperar o assado.

E como poderia ser diferente? Como encontrar um modo de remunerar o trabalho e o ofício de um poeta? Rilke ficou treze anos sem fazer um único poema; Valéry, vinte e cinco anos! Outros consumiram boa parte da vida escrevendo uma obra (sem exclusão de outras): Dante, vinte anos, para a Divina Comédia; Joyce, dezessete, para a “proesia” do Finnegans Wake; Pound, quarenta para Os Cantos; Goethe, cinqüenta e cinco, para o Fausto; Mallarmé, trinta, para o Lance de Dados. Mas não é porque houve um Pelé que você vai deixar de jogar futebol; não é porque há uma Gal que você vai deixar de cantar.

O poeta é aquele artista que não está no gibi. E é aquele que ajuda a fundar culturas inteiras. Não dá pra entender a cultura portuguesa sem Camões; a inglesa sem Shakespeare; a italiana sem Dante; a alemã sem Goethe; a grega sem Homero; a irlandesa sem Joyce. Poesia é a arte do anticonsumo. A palavra “poeta” vem do grego “poietes aquele que faz”.Faz o quê? Faz linguagem. E aqui está a fonte principal do mistério.O signo verbal forma um sistema dominante de comunicação. Quer dizer: todo mundo transa, todo mundo usa, todo mundo trabalha com o signo verbal (o falado, principalmente, pois só uns 10% das línguas existentes possuem código escrito). E aí é que está: o poeta não trabalha com o signo, o poeta trabalha o signo verbal.

É um ótimo livro, leitura deliciosa.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Um retrato das relações afetivas...

Em Avidamente olho para o mundo, Sueli Aduan traça um retrato das relações afetivas que determinam nossa conduta diária. De maneira questionadora e reflexiva, seus personagens transitam num mundo de equívocos e contradições numa busca alucinante de sentido.
 
Os contos e poesias de Sueli Aduan nos convidam a uma viagem às histórias de amor e de não menos desamor, ao instigante e envolvente universo da literatura moderna. Vasto painel, mural panorâmico, retrato sem retoque das relações sociais, culturais, morais, afetivas entre personagens, sábia e comovidamente delineados.
Sua leitura é limpa, objetiva e ao mesmo tempo questionadora e reflexiva, como na poesia Bater de Asas, por onde em simples e curtas linhas, Sueli Aduan descreve com lirismo e subjetividade duas realidades do nosso dia-a-dia: vida com natureza em harmonia, dor em violência e morte. Poemas de protesto, indignação, raiva, humor, amor, paixão, desejo, alucinação. Linguagem objetiva, rápida, nua e crua, mas também densa, entusiástica, extática, fluida, ponto de partida e de chegada de uma imaginação anestesiada da realidade. O lirismo de sua poesia, os seus dons de enredar, a originalidade de seus pontos de vista, como a sua concepção de um estilo pessoal, são características que sutilmente ressurgem nas páginas deste livro. 
Prefácio de Santiago Ribeiro
 
Poemas e Contos
Junho de 2011
ISBN: 978-85-7961-451-4
Selo Terceira Margem – Editora Multifoco
 
Recomendo :o)